terça-feira, 27 de setembro de 2011

América Latina é uma região de conflito

Latino pode ser associado a caloroso, festivo e boa gente. As grandes guerras do continente ficaram lá atrás, na formações das república, e ouve-se falar com uma tristeza solene os tempos difíceis das ditaduras.

A América Latina é uma região de conflitos. Ao final das ditaduras, muitos países da região seguem com batalhas internas, a maioria ligadas a questão da terra.

O mais conhecido conflito na região é o da Colômbia. O país vive em situação beligerante desde metade do século passado, com as batalhas entre os paramilitares, guerrilhas e o exército.

No Chile, o final da ditadura de Pinochet não acabou com as perseguições políticas. Já em Cuba, desde o início do governo de Fidel, independente de ideologias, há coerção de certa parte da população. No Peru, o conflito fica a cargo do Sendeiro Luminoso - uma guerrilha cujo o objetivo era o de superar as instituições burguesas peruanas por meio de um regime revolucionário e comunista de base camponesa, utilizando-se do conceito maoísta de Nova Democracia.

América Latina é a região mais perigosa do planeta


Em 2011, a América Latina tornou-se a região mais violenta do mundo. Segundo os dados do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), 27% dos homicídios do planeta ocorrem no subcontinete. Esse número indica que cerca de 90 mil pessoas são assassinadas na região. A OEA (Organizações dos Estados Americanos) alertou que a cada quatro minutos, uma pessoa morre por motivos violentos.

Em 2008, o título de cidade mais violenta do mundo foi para a mexicana Ciudad Juárez. A cidade  faz fronteira os Estados Unidos, mais precisamente com a cidade de El Paso, no Texas.

Em Juárez vivem cerca 1,4 milhão de mexicanos e a taxa de homicídios foi de 130 vítimas a cada 100 mil habitantes, naquele ano. A violência em Juarez é devido ao trafico de narcótico que deu para a cidade o título de Cartel de Juarez. Em 2010, o local foi palco de chacinas, deixando cerca de 3 mil mortos ao final daquele ano.

No Brasil, o Ministério da Justiça lançou em janeiro desse ano um ranking com as cidades mais violentas do país. Ituporanga, no estado do Pará, superou a cidade de Juarez no México, com uma taxa de um pouco mais de 160 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Entre as 30 cidades mais perigosas do Brasil, oito estão na região norte. Porém, é o nordeste que alcança a vergonhosa liderança de região mais violenta, tendo 12 cidades entre as 30 mais perigosas.

No dia 14 de setembro, a administradora geral do Pnud, Helen Clark, esteve no Fórum de Segurança Regional, Cidadã e Desenvolvimento. Ela convocou os governos latino-americanos a trabalharem em programas integrais que fortaleçam o combate contra a violência e o crime organizado. Ela acrescentou também que os países da América Latina destinaram recursos entre 5% e 40% de seu produto interno bruto (PIB) para fazer frente à insegurança.

Mas também advertiu que esses países "não podem destinar somente recursos para combater a criminalidade deixando de lado os programas de desenvolvimento". Por isso, a administradora geral se dedicou a criar planos integrais de cooperação regional nesse sentido.

VEJA O RANKING NO M.J.

  • 1º. Itupiranga – 160,6 homicídios por 100 mil habitantes
  • 2º. Simões Filho – 152,6 homicídios por 100 mil
  • 3º. Campina Grande do Sul – 125,5 homicídios por 100 mil
  • 4º. Marabá – 125 homicídios por 100 mil
  • 5º. Pilar – 110,6 homicídios por 100 mil
  • 6º. Goianésia do Pará – 109,6 homicídios por 100 mil
  • 7º. Serra – 109 homicídios por 100 mil
  • 8º. Maceió – 107,1 homicídios por 100 mil
  • 9º.Itapissuma – 106,8 homicídios por 100 mil
  • 10º. Guairá – 103,6 homicídios por 100 mil

Com informações do Pnud, da Onu, do Ministério da Justiça e o portal R7.

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