terça-feira, 13 de setembro de 2011

Após ter 35 dos candidatos assassinados, Guatemala terá segundo turno nas eleições

A votação nos 2.500 colégios eleitorais da Guatemala ocorreu em clima de tranquilidade após uma corrida eleitoral digna de roteiro de filme. Cerca de 7,3 milhões de eleitores votaram, mas a decisão de quem vai governar o país pelos próximos quatro anos ficou para o segundo turno.

Para que o resultado saísse, era necessário que um dos dez candidatos que concorreram à Presidência obtivesse 50% mais um dos votos válidos. Como isso não aconteceu, os guatemaltecos voltarão às urnas no próximo dia 6 de novembro. Eles deverão escolher entre o general de direita Otto Pérez Molina (à esquerda na foto), do Partido Patriota, e o centrista Manuel Baldizón (à direita na foto), da Liberdade Democrática Renovada. Molina recebeu mais de 1,6 milhão de votos (36, 03%), contra pouco mais de 1 milhão de seu adversário, o equivalente a 23,2% dos votos.

As eleições foram marcadas pelo assassinato de 35 candidatos durante a corrida eleitoral. Há também suspeitas de que algumas campanhas foram financiadas por narcotraficantes, como o cartel mexicano Los Zetas, que domina o norte da Guatemala.

Outra polêmica envolveu a então favorita à Presidência, Sandra Torres. Em março, ela se divorciou do atual presidente, Álvaro Colom, para concorrer ao cargo, já que a Constituição do país proíbe a candidatura de parentes próximos. Entretanto, há cerca de um mês, a Suprema Corte da Guatemala decidiu que a atitude da ex-primeira-dama era ilegal, cancelando sua candidatura.

Além dos representantes do Poder Executivo nacional, os guatemaltecos elegeram 158 deputados para o Congresso e 20 para o Parlamento Centro-Americano, além de 333 prefeitos. É a quarta vez que a Guatemala realizada eleições depois do fim da guerra civil, em 1996. O conflito durou 36 anos, aumentando a pobreza e os índices de criminalidade no país.

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