A semana no Haiti começou conturbada com o resultado do processo eleitoral de domingo (28/11). Houve tensão no país e acusações - 12 dos 18 candidatos levantam a possibilidade de fraude. As autoridades locais e a OEA (Organização dos Estados Americanos) consideram o processo válido, apesar de 'pequenos problemas'.
Os eleitores ainda sofreram com problemas de organização, muitos quando chegavam as zonas de votação, não encontravam seus nomes nas listas. Estima-se que 10% dos haitianos não tenham conseguido tirar a identificação necessária para votar. As ruas da capital, Porto Príncipe, estavam tomadas por cartazes eleitorais e cédulas de voto em branco. Segundo o conselho eleitoral, um resultado preliminar deverá ser computado em uma semana. Em caso de segundo turno, a votação será no ano que vem, 16 de janeiro.
O clima de frustração pode levar a manifestações, segundo a MINUSTAH. Na quinta feira (2/12), 12 pessoas foram linchadas na ruas de Grand'Anse, sudoeste do país. Segundo os médicos, 15 pessoas morreram como conseqüência dos linchamentos e os corpos foram mutilados. Os casos começaram na semana passada. As pessoas são acusadas de praticarem bruxaria e espalharem a cólera pela região com uma substância maligna.
Até ontem, o número de mortos pela cólera era de 1882. Desses 547, segundo as autoridades de Saúde, morreram antes de chegar a alguma centro médico.
Na República Dominicana, o número de casos subiu para 9. O governo já planeja uma grande jornada contra a cólera pelo país que envolve praticamente todos os setores do país.
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