EDITORIAL | 06/05/2010| EQUADOR
Está claro que não é possível um consenso se mantivermos posturas irredutíveis. O lento e completo debate, que busca a promulgação da Lei de Comunicação é a prova mais evidente disso.
No fim do ano, se levou a um acordo político entre distintas forças da Assembleia que se sobrepunha alguns pontos importantes, como premissas sobre as qual construir a Lei em tão delicada situação.
Isso tem haver com o exercício pleno de uma liberdade essencial do povo em uma democracia: a liberdade de expressão como uma extensão das liberdades de pensamento, de opinião e sua aplicação prática: a liberdade de imprensa.
Além dos primeiros projetos e de um intenso debate nacional defendido com ardor desde a trincheira política governista - que vê como ponto de vista contrário ao exercício da crítica e a publicação de notícias ou opiniões que não as parecem adequadas desde a perspectiva do poder - está a dificuldade de encontrar consensos mínimos nos pontos suscetíveis.
No Meio, o poder encontrou um caminho paralelo para se infiltrar através da Lei de Participação Cidadã a intenção mascarada: que os meios privados são responsáveis por sua gestão.
É incrivel que isto ocorra entre os meios públicos que operam com o dinheiro de todos os equatorianos e atuam sem norma e com recursos abundantes para promulgar a única "verdade oficial".
O tema central de uma Lei de Comunicação é a independencia do sistema e a livre gestão dos meios e seu papel na sociedade democrática, diferente e distante dos poderes públicos , e sobre tudo, independente: condições para promover um debate tão plural, diverso e intenso.
Resta a intenção do poder de controlar a comunicação com um Conselho de maioria governista.
Leia na íntegra o texto em espanhol.
Tradução de Maria Clara Lima.
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