Na argentina, a chamada "Nueva Ley de Medios" foi aprovada por ampla maioria. Entre outras coisas, ela estabeleceu que uma mesma empresa não pode ter canais de TV aberta e a cabo, reduziu de 24 para 10 o limite das concessões de rádio e TV em mãos de um mesmo proprietário e criou uma comissão bicameral de controle.
No entanto, a lei gerou as mais controversas opiniões possíveis: alguns sustentam que ela demonstra o fascismo do governo Kirschner, por restringir a liberdade de imprensa e tornar as empresas vulneráveis a pressões do governo. Outros defendem que a lei é claramente antimonopolista e reforçará a democracia no país, dando maior acesso aos canais de transmissão para pequenos grupos e ONGs e estimulando a existência de maior numero de vozes com a mesma potência.
Outro exemplo é o Equador, onde o presidente Rafael Correa defendeu a aprovação de projeto de lei de comunicação e criticou a atuação da imprensa nos países latinos. O projeto prevê sanção a jornalistas e até cassação da licença de funcionamento de meios de comunicação que atuarem contra as regras locais.
Correa afirma que os meios de comunicação no país são um poder real antiético, e não há equilíbrio de poder para a imprensa.
No entanto, a mobilização dos governos latinos com o slogan da democratização da comunicação pode ser uma faca de dois gumes.
Correa afirma que os meios de comunicação no país são um poder real antiético, e não há equilíbrio de poder para a imprensa.
No entanto, a mobilização dos governos latinos com o slogan da democratização da comunicação pode ser uma faca de dois gumes.
A informação na mão de grandes empresas acaba por destorcer o ideal de democracia, mas de nada adianta os governos usarem as leis como máscara democrática no discurso de acabar com os monopólios e usarem a informação para representar unicamente os seus interesses.
O direito à informação como direito fundamental - constitucionalmente garantido - deve encontrar uma forma de cumprir seu verdadeiro ideal; o que com certeza está longe de ser alcançado enquanto os meios de comunicação estiverem subordinados aos interesses de barões da mídia ou de grupos políticos.
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