O superávit dos países da América Latina e do Caribe no comércio de bens com os Estados Unidos caiu 9,3 % em abril e chegou aos US$ 4,878 bilhões, informe lançado pelo Departamento de Comércio americano. Somente dois países da América Latina mantiveram-se em superavit, sendo eles o México (US$ 5,325 bilhões) e a Venezuela (US$ 1,757 bilhões). Entre os deficitários, os valores mais altos são da Argentina (US$ 304 milhões) e do Brasil (US$ 760 milhões). A Colômbia saiu da balança negativa de março e agora, tem superávit de US$ 344 milhões.
Mas qual o que é superávit e déficit? Quais as influências desses valores ao países latinos?
O superávit está relacionado a vende de produtos ao exterior superior a compra de produtos, ou seja, maior exportação do que importação. O déficit seria a situação contrária, o país importou mais produtos do que os exportou. Uma explicação para os valores positivos do México e da Venezuela estão relacionados à venda de petróleo aos EUA. A Venezuela vende até 25% do total exportando para os EUA.
Superávits, entretanto, não tem somente consequências positivas. Com o excesso de doláres, o país pode realizar mais compras no exterior, o que desistimula a produção interna, abalando o mercado e a indústria do país. Outra consideração é a dependência do país em relação aos preços de produtos nas bolsas de valores e também, dependência dos países que importam os produtos de compra.
Os balanços econômicos positivos podem ser investidos em educação, infra-estrutura, tecnologia, mantendo o país em sincronia com os demais países do mundo - e buscando, alcança-los em níve de desenvolvimento -, por outro lado, também podem ser divididos entre grupos específicos, não havendo aproveitamento adequado desses valores ou desenvolvimento ao país
O que se observa nos países da América Latina, mas principalmente no México, Venezuela e Colômbia é o mal uso do capital resultante da economia, relativo a falta de investimentos e desvio de capital. Uma questão importante salientada pelo professor de economia, Pedro Vieira da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é que esses países não minimizam as questões de pobreza e miséria que os assolam. Lembra ainda que a boa maioria dos valores do superávit são resultado das vendas de empresas específicas ao exterior e portanto, o capital se concentra na mão de poucos. Esse é um dos desafios da América Latina.
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