Cantando o cotidiano e a história da America Latina com uma pluralidade de instrumentos e elementos cênicos. Foi assim que a banda Raíces de América se destacou em um contexto de repressão e autoritarismo. Buscou valorizar a expressão e a criação, e redesenhar a cara da América latina, como um continente pulsante, privilegiado pela mistura de raças. “E a estupidez nos separou em bandeiras”. Pensando e cantando nesse sentido, é que Raíces de America se tornou um ícone da expressão da diversidade e cultura latina.
Raíces está em atividade desde 1980. A banda surgiu com músicos e instrumentistas brasileiros, argentinos e chilenos, tendo como opção estética os gêneros e ritmos latino-americanos.
Em termos de conteúdo, Raíces se desprendeu totalmente de estereótipos que reforçavam a região da Améria Latina como subdesenvolvida e atrasada, e apostaram em elementos cênicos, teatrais e poéticos fazendo um grande espetáculo musical e também político, uma vez que em plena ditadura militar, essa performance rica e ousada da banda reforçava o ideal de liberdade de expressão e criação.
A atual formação do Raíces de América conta com oito músicos multiinstrumentistas, entre eles a grande interprete brasileira Miriam Miràh, considerada a musa do som latino no Brasil.
A riqueza da proposta e da música de Raíces de América está marcada por uma trajetória de 30 anos, 11 discos, milhares de admiradores, e um ato de heroísmo: cantar a realidade sul-americana com orgulho e irreverência, lutando contra estereótipos baratos desse continente.
Vale a pena conferir o último CD da banda, “Soy Loco Por Ti América – Os Anos Eldorado”, e também dar uma passada no site www.raicesdeamerica.com, onde você pode ouvir as principais músicas e conhecer um pouco mais a história de Raíces.
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