No último sábado o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a estatização de quatro empresas de energia elétrica. Todas tinham capital estrangeiro em seus quadros associativos.
A atitude de Morales não é uma novidade para quem acompanha o noticiário da América Latina. Cerca de dois anos atrás a brasileira Petrobras teve seus campos de exploração em terras bolivianas nacionalizados pelo governo de La Paz.
Vale ressaltar que a nacionalização ocorre de forma democrática e que a devida compensação aos antigos proprietários será paga pelo governo boliviano.
Com a nacionalização destas empresas de energia elétrica o governo passa a controlar 80% da produção local. Nas palavras do presidente Evo Morales: “Estamos devolvendo a luz aos bolivianos e bolivianas”.
No entendimento do professor Paulo da Cunha, da UNESP de Marília, o governo Morales tem apresentado a tendência a nacionalizar fontes estratégicas de energia, até mesmo como um projeto de resgate da identidade nacional.
Com o governo no comando de fontes estratégicas, tais como petróleo e energia elétrica, o nível do padrão de vida da população está lentamente melhorando. Para o prof. Paulo Cunha os benefícios particularmente não acontecem de imediato, mas é tão perceptível que isso reflete na adesão da população e no apoio que o governo recebe atualmente, além de melhorar a auto-estima.
Fato é que o governo Morales, com seus prós e seus contras, tem trabalhado para que a vida do cidadão boliviano melhore. Podem-se questionar seus métodos, mas o resultado tem sido marcante em âmbito local.
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