No século XX, a adoção do capitalismo como modelo social e econômico pelos governos pós-ditadura na América Latina agravou a questão agrária local. Os casos mais graves dessa violentação ocorreram na Colômbia, no Chile e no Peru, onde se deu o massacre de Bagua, no ano passado.
Em resposta a isso, e devido à crise econômica, surgiram diversos movimentos em prol da população nativa, que acabaram por conquistar a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas. Alguns países, como a Bolívia, a incorporaram em sua constituição, aderindo à filosofia do "Viver Bem"(no original aymara, "Suma Qamaña"), que consiste na valorização da vida com harmonia e equilíbrio. Segundo José Geraldo Poker, Professor da UNESP de Marília, "As formas indígenas e tradicionais de cultivo são politicamente utilizadas como formas de resistência ao capitalismo".
Pachamama = Mãe Terra no dialeto dos quechua.
Além disso, de 20 a 22 de abril, acontece a "Conferência Mundial dos Povos sobre a mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra" na cidade colombiana de Cochabamba. A Conferência vai contar com a presença de movimentos populares e indígenas, ONGs e ativistas defendendo a necessidade de preservar os direitos do planeta. Esperamos que a reunião em Cochabamba seja mais eficiente que a de Copenhague.
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