A década de 80 foi crucial para a atual formação política mundial. A queda dos governos militares na América Latina e o fim da Guerra Fria definiram não só definiram o cenário politico local como geraram movimentos populares na região, e como conseqüência disso vemos hoje os "governos de esquerda", que ganharam força no continente, principalmente nos últimos anos.
Entretanto, segundo o Professor da UNESP de Bauru, Maximiliano Martim Vicente, líderes como Hugo Chávez e Evo Morales não são considerados exatamente líderes de esquerda, mas sim adeptos desses movimentos populares. E ainda considera Lula como "de uma esquerda disfarçada".
Os atuais governos latino-americanos tentam responder às demandas da população, o que demonstra uma ruptura com governos anteriores, mas não os caracteriza necessariamente como governos de esquerda.
Movimentos com esse apelo popular inclinam-se a permanecer e, em alguns países, até a se radicalizar por se tratarem de conquistas conseguidas a longo prazo e "qualquer governo, hoje, na América Latina, que não tenda para o social tem os seus dias contados" ressaltou Vicente.
Os países sul-americanos, como Venezuela e Brasil, têm estreitado laços com a Rússia e a China, que possuem histórico socialista.
Esses países, em primeiro lugar, são nações que estão emergindo e que encontram uns nos outros, oportunidades de diversificar seu mercado, não permanecendo na dependência dos Estados Unidos e da Europa. Assim, abrem uma frente contra a hegemonia americana e européia, e se fortalecem política e economicamente. "Portanto, sob todos os pontos de vista, se deve incentivar esse tipo de atividades econômicas. São mercados novos e com grande potencial e não se pode ignorar isso" encerra Vicente.
Artigo relacionado ao programa Minutos - Pero no Mucho (16-04-2010)
Artigo relacionado ao programa Minutos - Pero no Mucho (16-04-2010)
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