O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, teve sua formação oficializada no Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, realizado em janeiro de 1984, na cidade de Cascavel, no Paraná. Seus primeiros passos se deram na região Sul do país no final da década de 70 e início da década de 80, inseridos num contexto de abertura política, pós-ditadura militar.
Os objetivos do MST são a terra, a reforma agrária, um modelo agrícola e uma sociedade mais justa.
Em 1985, ocorreu o Primeiro Congresso Nacional em Curitiba. A palavra de ordem era "Ocupação é a única solução". Outros congressos foram realizados depois. Em 1990, 1995 e em 2000, todos em Brasília. Entre os lemas estavam "Ocupar, resistir, produzir" e "Por um Brasil sem latifúndio".
O relacionamento com os governos foram marcados por muitos conflitos como o assassinato de 19 sem-terra pela polícia em 1997, no estado do Pará. O fato ficou conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás.
O governo de José Sarney, em 1985 trouxe o Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) que prometia assentar mais de um milhão de famílias. Assentou menos de 90 mil. Fernando Henrique Cardoso e sua política de produção agrária voltada para o mercado internacional e com um modelo econômico neo-liberal, não apresentou grandes mudanças. A eleição do presidente Lula foi vista com bons olhos pelos sem-terra, que esperavam medidas efetivas para suas reivindicações.
Este ano o MST completou 26 anos de existência com a jornada de ações batizada de "Abril Vermelho". Sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foram invadidas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraíba e em Brasília. Caminhadas e marchas também fizeram parte das ações em diversos estados.
Novas ações estão marcadas para julho, segundo o líder do MST em Pernambuco, Jaime Amorim. O motivo seria a comemoração do Dia do Camponês.
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